quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Beautiful lie

                A minha verdade é poluída.
                A distorção dos fatos faz parte do meu cotidiano e eu tento na maioria das vezes transcrever isso, formar conjuntos de palavras, que expressão o que eu sinto, a confusão dentro de mim.
                E como diria a minha mãe, 80% disso tudo é drama.
                Mas na realidade é isso que eu sou, um drama, em partes comédias e um pouco de terror também.
                Eu não me importo, na verdade até gosto um pouco disso em mim, de uma hora me sentir extremamente vazia e na outra completa e amada. Ter esse jeito “avoado” e até falar coisa demais e em seguida ficar completamente vermelha e tímida por falar com alguém especial.  Tenho afeição por esses extremos em mim, e acredito que isso me ajuda a manter a sanidade, a driblar as tantas pessoas ordinárias que aparecem em minha vida, e ser feliz do meu jeito.
                Gosto de sorrir enquanto lágrimas caem de meus olhos, de ter a capacidade de ser oito ou oitenta, de ter determinação por meus objetivos, e mudar tudo do dia para a noite.
                Podem falar e eu não ligo, é, não vou tirar satisfações por ouvir meia dúzia de palavras infames que sei que não é verdade, aprendi a conviver com pessoas pretensiosas, é algo que você tem que se acostumar ao longo da vida. Só por isso deixo tantos elogios passarem.
                Ainda assim acredito em mim e nas pessoas a minha volta, adoro sorrir, brincar e conversar com os outros sem malicia alguma, ou ter aquela conversa sacana que nunca se sabe onde vai chegar. Me chamam de bipolar, até as vezes me intitulo como uma, mas a questão é que ainda que possa ter várias faces, eu tenho um só coração atado a sinceridade e a mais ínfima das verdades.
                Um coração grande por sinal, onde carrego tudo que me faz a diferença.
                Por que essa é minha grande verdade, meu cérebro é apenas meu filtro, onde processo o que de bom as pessoas me falam ou fazem e deixo que chegue até meu coração, e o resto apenas descarto.
                Então ainda que chamem de impulsiva, errônea ou imatura, faço aquilo que meu coração manda, sigo-o pois é ele que mantém o sangue em minhas veias e a vida em meus olhos, e por mais que eu cresça e me atenha a novas responsabilidades vou sempre tentar manter a essência do meu coração de criança, onde a sinceridade dos meus sentimentos virão em primeiro lugar.
                Pois ainda prefiro viver uma verdade sofrida, do que uma bela mentira.

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