segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Nostalgie


                O que ainda me deixa mal é o fato de você estar em cada espaço existente em mim. Começa em minhas músicas, meu celular, meu quarto, a sala, até mesmo meu banheiro.
E quando eu me deparo aqui sentada acompanhada somente de uma xícara quente do seu cappuccino favorito, eu me pergunto pela enésima vez. Que merda eu fiz? Por que eu escolhi estar agora sozinha.
                Então na nobreza de sentir o pior dos sentimentos, eu me sinto encolher e as paredes parecem oprimir. Tudo por uma escolha errada, então sou abrigada a arcar com as conseqüências.
                E a vida muda quando você se depara sozinha, quando as amigas não conseguem suprir a necessidade que surge a cada instante, então o cappuccino esfria, junto com a cama, os braços e o coração quando o pensamento fica preso a cada segundo naquele sorriso, nas poucas palavras que eram ditas, mas suficientes para deixar uma noite inteira em claro.
                O drama é sentido na pele, o desejo também bate enloquecedor, e a vontade de ter seus braços ao meu redor é tanta que o coração entra em processo de combustão, e tudo que mais atormenta é o peso da sua escolha, o preço que se paga por mais uma vez agir pela razão e ignorar o coração.

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